Nunca se deve dizer nunca!
E eis que me encontro de volta com mais vinte crônicas! Explico: quando eu
escrevia para o Montbläat, jornal virtual editado pelo amigo Fritz Utzeri, um
dos leitores - Almir Lopes – telefonou-me fazendo um inusitado convite: havia assumido
a editoria de uma revista trimestral destinada a divulgar produtos de beleza
vendidos pela Casa Alpino – A Casa do Cabeleireiro, sediada em Nova Iguaçu,
aqui no estado do Rio de Janeiro. Além da divulgação dos produtos a revista
traria matérias e reportagens de interesse da mulher. Perguntava-me ele se
poderia publicar, em cada edição, uma crônica já publicada no Montbläat. Eu
seria “dona” na última página que se intitularia Com a Palavra Anna Maria
Ribeiro.
Num primeiro momento o
impulso foi explicar que as crônicas haviam sido escritas para o Montbläat e
que Fritz era tão dono delas quanto eu. Mas eis que uma idéia introduziu-se
como um raio em minha cabeça: e se eu escrevesse crônicas sobre mulheres
envolvidas de alguma forma com a beleza? Daí a cair no universo de Nelson
Rodrigues, minha paixão, foi um pulo. Uma Suzana Flag de Salão? Porque não? Fiz
a proposta. Foi aceita. E foi assim que me tornei colaboradora da Alpino,
revista primorosamente editada.
Antes de cada edição de
Almir me informava qual a matéria de capa e eu elaborava uma crônica que com esta
tinha a ver. A revista era distribuída gratuitamente em estabelecimentos de
cabeleireiros, sobretudo da Baixada Fluminense e circulou por cerca de cinco
anos sempre com a minha participação na última página.
Ontem numa tentativa de
dar uma arrumação lógica aos arquivos que pululam em meu computador, encontrei
estas crônicas. Sorrindo e por vezes rindo mesmo, as reli. Acho que vocês, meus
leitores tão gentis, merecem conhecer este meu lado Rodriguiano, que convive com
a “clumsy” e provecta cronista e que até o momento em que escrevi a primeira
destas crônicas eu nem sabia existir.
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